28 julho, 2010

SPray: Tatuagem Urbana

Enquanto não ta online o restante do trabalho e os textos referentes, vou atualizando o blog com dados da pesquisa feita a respeito do tema.

Foi catando um texto aqui, um parágrafo ali, uma imagem acolá, que fui montando o referencial imagético e conceitual para a elaboração do meu trabalho, e são esses retalhos que pretendo ir disponibilizando no blog, como forma de facilitar a troca de idéias sobre o assunto, e se pá formar uma rede com informações variadas de diferentes autores, tatuadores e pixadores.

O conceito de “TATUAGEM URBANA” já permeia as discussões sobre arte e cidade, e é possível achar citações desse trocadilho espalhadas pela internet. Uma das que achei, esta no trabalho do fotografo Iatã Cannabrava, de 2005 intitulado SPray: Tatuagem Urbana. A exposição foi por conta do Instituto Gtech, em São Paulo, e repercutiu numa serie de debates a respeito de temas como Vandalismo e Expressão, O Legítimo e o Transgressor, O lugar do grafite, entre outros.

Segue ai alguns dos trabalhos expostos e quem quiser ver mais, click aqui.

















prévia ...

Pra começar as atividades, vou postar aqui uma prévia do trabalho que já havia sido divulgada na net através do Flickr.

Estes foram os primeiros ensaios de composição, testes de mídias e rascunho de escritos a respeito desses trabalhos.

Em breve vou por aqui o material completo, com novas ações e novos registros, e conforme forem acontecendo novas composições, também.





Certificação INMETRO de Prostitutas Limpinhas. - W3 Norte - Tatuagem Urbana.

No codigo de tatuagens da máfia russa, Vory V Zakone, o selo de qualidade da União das Republicas Socialistas Sovieticas era tatuado nas prostitutas mantidas pela máfia como garantia de não terem doenças.

Na cidade, essa idéia é transferida para os pontos de prostituição, na forma do selo do INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial.




DF bomb. - PIxação Humana.
Pichações territoriais e bairristas fazem parte da historia da street art e são comuns até hoje. Demarcam o território de grupos pelas ruas da cidade, deixam marcas do transito de pessoas pelo seu habitat.

No corpo, essas demarcações ultrapassam o limite territorial. Ganham mobilidade, ultrapassam fronteiras e atuam como uma ligação ao ponto de partida. Ligando a pessoa ao seu territorio de origem.




Saci do Cachimbo. - Setor Hoteleiro Norte -Tatagem Urbana

Na decada de 20, era comum entre os detentos do Carandirú observar uma tatuagem de um Saci com o cachimbo na boca, usada por traficantes de drogas.


Na cidade, essa tatuagem reaparece no pontos de venda e consumo de crack.




APRESENTAÇÃO

Este blog foi criado com o objetivo de acompanhar o desenvolvimento da minha pesquisa acadêmica (UnB), e também, divulgar assuntos relacionados aos temas tratados nos meus estudos. Uma formar de compartilhar as informações encontradas com o público interessado, dando abertura para um dialogo mais dinâmico com os leitores.

O trabalho (minha futura monografia) trata das conexões entre tatuagens e pichações, simbologias e conceitos destas visualidades ligadas à marginalidade e seus desdobramentos, seja no corpo humano ou no corpo urbano. A tatuagem da cidade e a pichação do corpo são os pontos iniciais da pesquisa poética onde se baseia a minha produção artística, que apresenta estudos nas áreas da Gravura, da Composição Urbana e da Body Art.